Assisti
recentemente pelo Youtube uma maravilhosa palestra de Dom Bertrand de Orléans e
Bragança ministrada no Centro Dom Bosco, uma nova associação de leigos católicos.
O descendente da Princesa Isabel mencionou ao final da sua brilhante exposição
sobre a “Vocação Católica do Brasil”, uma citação de um padre espanhol que
afirmava que o estado laico, nada mais é do que exclusão de Deus do nosso
horizonte, do nosso panorama (e eu complemento da nossa realidade concreta), no
que ele concluiu dizendo que onde se exclui Deus, o próprio estado tende a
assumir esse papel.
Essa triste
constatação do sacerdote espanhol nunca se fez tão real e atual para nós
brasileiros, como agora na presente crise do coronavírus, e principalmente na
maneira pouco usual para se dizer o mínimo, como o estado a está enfrentando. É
fato que desde que Adão pecou, a morte e a doença entraram no mundo, mas mesmo
diante de doenças muito piores do que esta, nunca se tinha ouvido falar antes
de isolamentos em massa impostos do dia para noite a milhões de pessoas sãs.
Isso é espantoso! Nem mesmo da obrigação e massificação do uso de máscaras,
inclusive para pessoas sãs e ao ar livre, e o pior, sem o devido respaldo
científico ou racional para isso, e acrescento ainda, sem medir as
consequências do uso prologando dessas focinheiras por exemplo em pessoas que
já possuam problemas respiratórios, crianças, idosos, etc. Pensem o que
quiserem a respeito disso, mas uma coisa eu lhes garanto, isso nunca foi, nem
nunca será boa ciência, porque a boa ciência não é aplicada pelo calor ou
pressão da mídia e nem pelo arbítrio de autoridades despreparadas que não medem
as consequências de suas decisões e nem pensam na proporcionalidade de suas
ações.
Essas medidas
draconianas tomadas de supetão e no atacado, como se estivessem seguindo um
estranho comando superior, escondido nas sombras, são medidas que afetaram
bilhões de pessoas em todo o mundo e sem um mínimo de certeza de sua eficácia,
devido principalmente ao seu ineditismo e pressa com que nos foram impostas, ao
mesmo tempo que já se sabia de antemão que os efeitos colaterais de tais
medidas causariam coisas terríveis como fome, desemprego em massa, quebradeiras,
recessões econômicas graves e em alguns casos até depressões econômicas
(Argentina possivelmente), agravamento de doenças crônicas com aumento dos seus
óbitos, suicídios, crises de ansiedade, depressão, aumento dos casos de
violência doméstica e abuso infantil. Como foi possível se tomar tão graves
decisões sem medir seus efeitos? Onde que as nossas autoridades estavam com a
cabeça quando embarcaram nessa? Qualquer pessoa constituída em dignidade e
autoridade, deve ser prudente, medir as consequências dos seus atos e querer o
bem do seu povo. Agora façam o seguinte exercício de abstração, e pensem no
governador de São Paulo, João Dória, em Giuseppe Conte, primeiro ministro da
Itália e em Alberto Fernández presidente da Argentina, e tentem imaginar se eles
agiram pensando no bem do seu povo quando lhes impuseram o lockdown e
demais medidas restritivas de liberdade.
Ao refletir sobre o
atual agigantamento do estado e a sua intromissão em demasia em nossa vida
privada e familiar, quis conhecer algumas portarias e notas técnicas da
Secretaria de Saúde do Governo Socialista do Estado do Espírito Santo a
respeito do coronavírus. Ali está em detalhes e na prática tudo aquilo que
tento expor nessas breves linhas, a dominação total do estado sobre todos os
aspectos da nossa vida, sob a alegação de se combater um inimigo invisível.
Leiam, é impressionante. Custa-me constatar que tamanho ataque a liberdade
humana e aos nossos direitos não tenha tido maiores repercussões em nossa mídia
e sociedade.
O Secretário Comunista
de Saúde, Nésio Fernandes, passou a disciplinar todo o comportamento do cidadão
espírito-santense com um controle e penetração da nossa vida pessoal e social
que faria inveja a qualquer ditador do século passado. Em uma dessas portarias,
no caso a 186-R, se lê em um dos seus itens: “XII - deverá ser evitado o
cumprimento entre pessoas por meio de contato físico;”. Isso é apenas uma
pequeníssima amostra da ditadura sanitarista que se impôs no estado do Espírito
Santo comandado por socialistas e comunistas, com o apoio descarado da mídia. O
silêncio das autoridades religiosas, principalmente as católicas, diante de
tudo isso é no mínimo perturbador.
Tudo isso nos foi
imposto de cima para baixo, contra a nossa percepção da realidade, o senso
comum, e mesmo as muitas opiniões médicas e científicas que se manifestam no
sentido oposto das arbitrariedades estatais. Não existe unanimidade médica e
científica em relação as essas medidas draconianas e desproporcionais que
nossas autoridades têm nos imposto, embora os especialistas escolhidos para
aparecer na TV, sempre incensem as medidas restritivas. Só para vocês
terem ideia, mil médicos estiveram recentemente com o Presidente Bolsonaro em
Brasília para defender o tratamento precoce a base de cloroquina, embora pouco
se tenha noticiado a esse respeito.
O estado tem nos
tratado como se todos fôssemos alunos do maternal, ou incapazes e que por
isso precisaríamos da supervisão da tia da creche em tempo integral para não
colocarmos alguma coisa na boca ou coisa parecida. Isso já passou há muito
tempo do ridículo. O estado-babá na verdade é uma etapa anestésica para que o
Leviatã preconizado por Hobbes nos domine sem maiores resistências e alarde.
(Hobbes dizia que a vontade do estado era o suficiente para dar valor a uma
lei, desvinculando esta de qualquer valor moral ou transcendental preexistente,
ou seja, o arbítrio estatal em estado puro).
O medo é a
ferramenta de controle ideal para essa implementação desse estado-deus que
surgiu no esteio do estado laico e antirreligioso, e parte de nossas
autoridades sempre souberam disso. Por esse motivo é tão importante manter o
clima de medo e tensão o maior tempo possível, pois uma população que
aprendesse a lidar com a atual situação sem que o estado precisasse ficar o
tempo todo a vigiando poderia frustrar os planos daqueles que desejariam ter o
controle absoluto sobre nossas vidas
Lá na Itália após a
queda abissal no número de mortos e internações que praticamente já decretou o
fim da pandemia, os noticiários continuam a ser preenchidos com os novos
infectados garimpados pelas dezenas de milhares de novos tampões diários que
agora estão sendo realizados. Bom que se diga que agora estão sendo aplicados
mais testes do que na época do pico da pandemia, segundo o YouTuber,
Daniel Dandrea. Com isso se mantém a tensão alta sobre o povo, justificando
assim a perpetuação de medidas draconianas para quem sabe depois de um certo
tempo se impor uma vacinação obrigatória aos italianos como única alternativa
aceitável para o retorno à normalidade. É até possível que o povo italiano se
renda pelo cansaço, e aceite a vacina "salvadora" sem maiores
resistências, mas nada disso é definitivo. Vocês duvidam que semelhante
estratégia poderia ser aplicada ao Brasil? Eu não. Simplesmente porque tudo que
fizeram aqui (lockdown, máscaras, campanha de terror e desinformação na
mídia), foi testado primeiro na Itália. Se não aproveitarmos esse "gap"
para despertarmos e reagirmos como um povo que ainda é capaz de pensar e
questionar, a nossa liberdade e a de nossos filhos estará em sério risco.
Destaque-se também
que as estatísticas de mortalidade por covid-19 ainda estão contaminadas por um
estranho protocolo adotado em nível global que obriga a computação de mortos
“COM” covid-19 como se fossem mortos “POR” covid-19. Tudo isso se deve
sobretudo a proibição de autópsias que inacreditavelmente perdura até o
presente momento, o que não possibilita identificar com certeza a causa efetiva
do óbito, ou seja, se foi mesmo covid, ou uma comorbidade preexistente que
matou o paciente. Uma vez que só o fato de positivar um falecido
nos testes já é suficiente para se declarar que o óbito foi por covid, é de se
esperar que a estatística de mortos por essa doença esteja muito majorada e não
corresponda de forma alguma a realidade dos fatos. Tudo isso sem mencionar os
incríveis casos de pessoas vítimas de acidentes e até atropelamentos que
acabaram entrando também para a estatística do covid, como já é do conhecimento
de todos.
Na verdade, essa
questão de se determinar com mais certeza um correto índice de mortalidade do
covid, longe de ser algo periférico ou secundário, é na verdade algo central,
fundamental e urgente para entendermos corretamente essa pandemia e quais as
medidas que se devam tomar ou abandonar. Muita coisa foi feita no desespero e
sem ponderação. Enquanto os presidentes Trump e Bolsonaro (conservadores e não
alinhados a NOM) não se empenharem de verdade para desbaratar essas
coisas que saltam aos olhos de qualquer leigo minimamente informado, revisando
por exemplo essa recomendação de se proibir autópsias, e adotando critérios
mais claros e objetivos para se identificar a causa real de uma morte e assim
finalmente levarem transparência aos seus respectivos países, ficaremos reféns
daqueles que desejam amplificar “ad infinutum” os números da pandemia,
porque já é público e notório que foi montada toda uma super estrutura
econômica em torno dela. Vejam por exemplo a dinherama liberada para os
internados por covid, os hospitais de campanha, etc... é grana que não acaba
mais e há quem queira que esse fluxo não cesse tão cedo. Enfim, usar testes
como medida suficiente para se determinar causa mortis não deveria
jamais ser um padrão aceitável, e, no entanto, estamos a engolir já há sete
meses tais dados com tão pouca confiabilidade e transparência. Há quem
interessa tanta nebulosidade e confusão na divulgação de dados tão importantes?
O fato é que enquanto essa situação anômala não for enfrentada de frente e com
muita coragem por nossos governantes, continuaremos reféns das manipulações
mais estranhas, descaradas e grotescas. Transparência é o mínimo que exigimos.
2020 escancarou de
vez uma luta encarniçada que já acontece há muito tempo, um combate cultural e
político, e diria principalmente espiritual entre duas visões do mundo
totalmente antagônicas: uma que enxerga o ser humano como um indivíduo único,
amado por Deus, dotado de liberdade, dignidade e racionalidade, em suma, um ser
com uma alma racional, a imagem e semelhança de Deus e a outra materialista que
enxerga o homem apenas como uma engrenagem de uma massa amorfa, e que por isso
deve sacrificar sem dó tudo que é importante para sua vida, liberdade
religiosa, razão e meios de subsistência pelo bem intangível e não comprovável
de uma coletividade que no fim deve servir sem reservas ao
estado-deus.
Nunca foi o
caso de se defender atitudes egoístas, ou de se recusar fazer renúncias pelo
bem comum, o que nos estão pedindo agora é algo totalmente diferente, é a
aniquilação da nossa razão, a nossa prostração total diante das exigências mais
absurdas e sem quaisquer provas de eficácia, e caso não cedamos bovinamente
àquilo que eu definiria como a nova superstição higienista estatal, seremos
punidos, ou ao menos seremos classificados como desumanos e insensíveis.
Sejamos solidários
e prudentes, sobretudo com os vulneráveis, mas não abramos mão da nossa
capacidade de pensar e questionar em nome de uma falsa obediência aniquiladora.
No ocaso de nossa vida, seremos julgados pela nossa obediência ao Evangelho de
Cristo, e não pela obediência cega à decretos estúpidos, irracionais,
desproporcionais , e arbitrários que humilham a nossa dignidade e liberdade de
filhos de Deus.
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