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O paganismo se insinua no coração da Igreja

Estou muito triste com os últimos acontecimentos ocorridos no Vaticano. Não estava muito otimista com o sínodo que se iniciou no último dia 06/10, mas o seu começo foi muito pior do que eu poderia imaginar. Culto pagão na presença do Papa (04/10) e profanação da Catedral de São Pedro! Isso tudo em apenas dois dias! Tem ainda o péssimo documento de trabalho, o escandaloso  Instrumentum Laboris.

Há quem possa estar pensando: “não seja pessimista”, mas como não o ser diante desse início tenebroso? O paganismo se insinua nesse sínodo, através de um ambientalismo radical e da veneração à “Mãe-Terra”. Ora, esse culto não se coaduna com o culto cristão ao único Deus transcendente e verdadeiro, que é Pai, Filho e Espírito Santo, no qual o Filho, Segunda Pessoa da Trindade assumiu nossa natureza humana em Jesus Cristo e a redimiu. Flertar com crendices há muito tempo vencidas pela Fé cristã, além de ser uma grave ofensa a Deus é um desrespeito tremendo aos missionários e mártires que derramaram seu sangue para pregar Jesus Cristo, e libertar os pagãos da sua profunda ignorância em relação ao único Deus verdadeiro.

Nesse contexto, seria salutar que o Santo Padre se pronunciasse fortemente e condenasse esses movimentos pagãos que se insinuam até mesmo no coração da Igreja. Nossa Fé, que foi ultrajada nesses episódios, exige uma reação à altura.

Lembremos que o Espírito Santo é o Espírito da Verdade. Ele é a alma da Igreja e a tem sustentado ao longo dos séculos. É bom que se diga que nosso Deus é um Deus coerente. Não muda de opinião de acordo com os gostos e os tempos. Qualquer ação pastoral que venha minar os fundamentos da nossa Fé deve ser rechaçada. E não há maioria ocasional de bispos de determinada região do mundo que possa mudar isso. Sigamos acompanhando o Papa e os bispos com nossas orações para que sejam fiéis ao seu múnus de nos confirmar na Fé.

Que a Virgem do Rosário que conquistou a vitória para os cristãos na Batalha de Lepanto contra os islâmicos (Turcos) nos ajude a vencer os inimigos de hoje da Igreja que são ainda mais perigosos e ardilosos do que os de outrora. Não nos esqueçamos que não são apenas com os inimigos externos que devemos nos preocupar, mas principalmente com o mal que se infiltrou na Igreja, lembremo-nos do importante alerta de São João em sua epístola: "Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos" (1Jo 2,19).


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