O governo
Bolsonaro está em perigo. E as raízes desse perigo estão nas apostas conciliadoras que fez
ainda antes da posse.
O Capitão com sete mandatos de deputado, mais de 30 anos de política, ingenuamente subestimou o poderio do sistema.
Quando aceitou passivamente a atitude deselegante de ministros do STF que lhe
mostraram repetidamente a Constituição Federal, e quando abriu mão de apoiar um
candidato mais leal na Câmara e passou a afagar Rodrigo Maia, em nome da tal governabilidade
(que nunca veio) e da onipresente reforma da previdência, acabou lançando as
bases do fracasso do próprio Governo.
A aposta em militares de alta patente sem nenhum apreço ao conservadorismo foi uma traição ao projeto vencedor nas urnas. A presença no Governo Bolsonaro, até o presente momento, de tipos como o General Santos Cruz configura um verdadeiro estelionato eleitoral.
Bolsonaro não foi eleito com a bandeirinha “paz e amor”, mas da guerra ao establishment. Se nosso presidente não ousar, não enfrentar tipos como Rodrigo Maia com a devida energia, não reagir às provocações dos ministros do STF, não isolar Mourão, e não mandar o General Santos Cruz e sua trupe para casa imediatamente, arrisca a nem chegar a 2020, e nem estou sendo pessimista.
Não é hora do Presidente tergiversar com establishment , mas de enfrentá-lo com o que lhe resta de força e coragem. Muito melhor cair atirando do que ser engolido pelo sistema.
Como diria o Coisa do Quarteto Fantástico, senhor Presidente: “Tá na hora do Pau!”.
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