ERRATA: Antes eu não iria nas manifestações do dia 26/05, mas diante
da votação de hoje (23/05/2019) no STF em que nossa Suprema Corte rasgou mais
uma vez a Constituição Federal e calcou a lei natural ao criminalizar a
homofobia, não tenho outra alternativa senão sair às ruas e protestar contra
mais essa usurpação do STF. #STFNãoLegisla.
Estava animadaço para
sair às ruas no próximo dia 26/05 em favor do Brasil e do nosso presidente Jair
Bolsonaro, mas como percebi que a pauta já foi “sequestrada” por alguns
movimentos liberais da direita, desisti de fazê-lo.
Queria gritar
#ForaSantosCruz, enfrentar os desmandos do senhor Rodrigo Maia e do STF que
estão atravancando, e muito, o governo Bolsonaro e o país, mas como os
organizadores da manifestação querem um foco muito mais restrito, não irei
participar.
Dos três pontos
defendidos na manifestação do dia 26/05: a aprovação da MP 870, o pacote
anticrime do Moro e a reforma da previdência, só defendo os dois
primeiros.
Julgo que a previdência
precisa ser mexida, mas não concordo com a linha adotada pela equipe econômica
do governo. Antes de se mexer em qualquer direito do trabalhador comum, é
necessário que o Estado brasileiro realize um corte significativo na própria carne,
nem que para isso sejam necessárias uma nova assembleia constituinte e uma nova
constituição.
Sustentamos uma casta.
São tantos os benefícios, os direitos adquiridos por uma oligarquia burocrática
presente em todas as esferas do poder que é mesmo imoral querer começar uma
reforma pela base da pirâmide em vez de começar pelo seu topo. Os super
salários do funcionalismo e as regalias imorais precisam ser atacadas sem dó,
para só depois se pensar em tirar direitos do cidadão comum que já é muito
sacrificado. Ainda que a reforma da previdência seja o caminho mais fácil
para se fazer caixa, pois é o que mais rapidamente irá gerar recursos ao
governo, na minha opinião, não me parece ser o mais adequado. A reforma tem
que ser mais profunda e estrutural. Os que vampirizam o estado brasileiro
precisam ser os primeiros a sentir, para só depois se pensar em elevar a idade
de aposentadoria de um pobre trabalhador do nordeste.
Tem ainda outros
fatores. Desconfio de uma reforma que possui o apoio irrestrito do setor
bancário que é o mais lucrativo do país. O lucro estratosférico desse setor é
estranho sobretudo num cenário de baixo crescimento econômico no qual vivemos
há mais de uma década.
No entanto, a principal
razão pela qual a reforma da previdência do senhor Paulo Guedes ainda não me
convenceu, é que ela não passa nem de raspão pelo cerne do problema
previdenciário brasileiro que é a baixíssima taxa de fecundidade das nossas
mulheres que é atualmente de apenas 1,7, mais baixa que a taxa de
reposição populacional é de 2,1. (https://querobolsa.com.br/enem/geografia/taxa-de-fecundidade).
Na década de 70, ou
seja, em menos de 50 anos, a taxa de fecundidade da mulher brasileira caiu mais
de 70%, saindo de 5,76 para os atuais 1,7. Essa
queda brusca e acentuada se deu sobretudo pelos usos de contraceptivos e pela maior
ocupação feminina no mercado de trabalho. Essa emancipação feminina fez a
mulher priorizar o trabalho em detrimento do número de filhos.
Ora, quanto menor a taxa
de fecundidade, menor será a relação entre população ativa e aposentada, isso é
uma obviedade matemática.
Enquanto o governo não se comprometer em atacar as causas reais e profundas do
colapso previdenciário que passam invariavelmente pela reversão da
mentalidade antinatalista, e não conclamar a população para reformas mais
profundas como cortes nos privilégios das castas do serviço público, não
apoiarei essa reforma que aí está.
Lamento que o nosso Presidente não consegue fazer esta reforma. É muita perseguição na vida dele esses corruptos não para de persegui-lo. Mas ele vai vencer esta batalha, vamos rezar para que Deus ilumine seus caminhos. Abraços da prima Irene Perim.
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