Quando Sebastián Piñera, atual presidente do Chile
esteve recentemente no país e se encontrou com três dos nossos ministros do
Supremo (Carmem Lúcia, Toffoli e Fachin), ainda que sem intenção, nos revelou
toda a nudez do rei. Em tom descontraído, o presidente chileno perguntou aos
ministros, a quem o povo brasileiro poderia recorrer nos casos em que o STF
errasse seus julgamentos, diante do silêncio constrangedor e revelador dos
ministros, ele apontou para cima, indicando que só lhes restava rezar a Deus! (https://oglobo.globo.com/brasil/quando-falha-suprema-corte-quem-se-recorre-pergunta-presidente-do-chile-carmen-lucia-22634972)
Sim, essa é a nossa realidade, somos reféns
dos mandos e desmandos de togados que não nos devem qualquer satisfação porque
não dependem dos nossos votos. (https://padrepauloricardo.org/episodios/ministro-do-supremo-admite-nao-devemos-satisfacao-a-ninguem).
O STF há anos vem ultrapassando as suas
atribuições, entrando na seara do outro poder que é o Legislativo com a
desculpa que este é moroso ao tomar suas decisões. Será realmente o Legislativo
moroso, ou ele apenas reflete os anseios dos seus eleitores que não se dobram
tão facilmente a uma agenda esquerdista-globalista? Sabemos que o parlamentar é
sensível à movimentação da sua base eleitoral, e em geral, a população
brasileira ainda é conservadora em costumes. Por isso pautas legalizadas pelo
STF como casamento gay, pesquisa com células tronco embrionárias, aborto de
anencéfalos e demais casos não tramitam facilmente pelo Congresso, tendo duro
percalço por lá, sendo tais projetos muitas vezes arquivados. A elite
globalista internacional é ciente disso, e sabendo que não teria vida fácil nos
parlamentos de muitos países, decidiu investir pesadamente num atalho que é a
via judicial. No Brasil não foi diferente, hoje o STF se tornou uma nova
“Assembleia Constituinte” ambulante, não se conformando tão somente em resguardar ou
interpretar o texto Constitucional, mas todo dia parece querer reescrevê-lo.
Cada dia que passa, nossos ministros colocam a manguinha autoritária
mais pra fora. Quando o ministro Ricardo Lewandowski mandou fatiar o
impeachment de Dilma Rousseff, não cassando seus direitos políticos, mutilando
totalmente a lei, ao vivo, diante de um Brasil atônito, foi dada a senha que nada impediria
nossos ministros de “legislar” em causa própria e a favor dos seus
protegidos. Hoje vemos a segunda turma, com o trio libertador Toffoli, Gilmar e
sempre ele, Lewandowski, libertando figurões condenados, como José Dirceu,
zombando cada dia mais um pouco da cara do povo brasileiro.
Estamos cansados de tanto escárnio e cinismo, esse
STF já deu há muito tempo, ninguém mais suporta seus desmandos, seus desvarios
e arbítrios, qualquer brasileiro com o mínimo de inteligência percebe que há
algo muito estranho acontecendo na nossa Suprema Corte.
Hoje o STF, se tornou na prática, infelizmente, o maior inimigo do Brasil, tamanha são as investidas da corte sobre os valores civilizacionais que fundaram nossa nação. Sua
sanha autoritária parece não ter limites, e em breve, no início de agosto, ele
se prepara para mais uma vez legislar, e liberar o terrível crime do aborto no
Brasil até a 12ª semana em qualquer situação.
Mas há esperança! Existe um projeto de lei
tramitando na Câmara dos Deputados, o PL 4754/2016, “que define como crime
de responsabilidade a usurpação de competências do legislativo por parte de
juízes do STF. No caso, esses juízes seriam processados no Senado Federal,
podendo sofrer um impeachment.” (cf. https://padrepauloricardo.org/blog/aborto-chegou-a-hora-de-reagir).
Nossos deputados precisam ter a
coragem de dar prosseguimento a essa lei que irá trazer um novo equilíbrio
entre os poderes da República. Enquanto essa bendita lei não for aprovada e
sancionada (e até depois disso), sigamos à risca o conselho do presidente
chileno, e rezemos muito a Deus, para que Ele mesmo ponha limites a esse
mal que hoje emana da nossa Suprema Corte.
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