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Brasileiros, despertem! Ao combate!

“Levantemos nossa pátria de seu abatimento e lutemos por nosso povo e nossa religião”. (1 Mac 3,43) 

Vivemos, muito provavelmente, o momento mais escuro e difícil da nossa jovem história como nação. Talvez nunca, o medo e o desânimo tenham abalado tanto o brasileiro como agora, pelo menos aquele brasileiro que tem acompanhado mais de perto os acontecimentos mais recentes de nossa pátria. Eles olham para os altos postos do país e não se sentem representados, mas confusos e tristes. Aqueles que deveriam zelar pelas leis do país, dão os piores exemplos, como o relaxamento da pena de criminosos e a prisão de inocentes. O direito dos brasileiros tem sido sistematicamente espezinhado, e dizem ainda que é por causa da defesa de uma tal democracia. Essa palavrinha mágica, democracia,  tem nomeado muitos regimes diferentes, até mesmo a República Popular da Coreia do Norte se autointitula democrática e segundo Lula, em fala de 2005, a Venezuela de Chavez tinha excesso de democracia. Debaixo do guarda-chuva democrático, vozes divergentes tem sido silenciadas no Brasil e até prisões políticas tem ocorrido. 

Soltaram um homem condenado em três instâncias, para poder concorrer a uma eleição presidencial, humilhando profundamente a inteligência do nosso povo. Some-se a isso um desconfiança recorde do processo eleitoral, que usa urnas de primeira geração, que não possibilitam a recontagem física dos votos. O STF humilhou não só o povo brasileiro com tal atitude, mas principalmente o Congresso que já havia aprovado o voto impresso em 2015.(https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/12/28/eleicoes-terao-voto-impresso-a-partir-de-2018). Resumindo: toda a justa desconfiança do povo brasileiro foi alimentada sistematicamente pelas ações esdrúxulas e abusivas de ministros do STF.  

Pensemos agora na lavagem cerebral em larga escala, a qual foram submetidos milhões e milhões de brasileiros, sobretudo nos últimos 60 anos por conta de televisão, que fomentou contravalores e contribuiu para tirar de nós, a nossa real identidade. Nos últimos 25 anos com a popularização da internet, foi possível se libertar do monopólio midiático, e aquela boa literatura, seja religiosa, filosófica ou histórica, que era acessível apenas a uma pequena elite, se popularizou. O movimento da Renovação Carismática Católica, que surgiu entre universitários americanos no final dos anos 60, também ajudou muito os católicos brasileiros que estavam prejudicados pelas heresias da Teologia da Libertação Marxista. Tal movimento eclesial fez um contraponto importante a perniciosa TL que possui origem europeia, mas que se desenvolveu de verdade na Igreja latino-americana. A Teologia da Libertação prejudicou enormemente a missão principal da Igreja, que é essencialmente espiritual, e visa sobretudo a salvação das almas, em nome de uma pretensa defesa do pobre, numa visão profundamente reduzida, semelhante a utopia política defendida pelo marxismo. Com a RCC, houve um maior interesse na leitura da Sagrada Escritura, aumentou-se a frequência dos Sacramentos, e criou-se a base para uma maior valorização da Tradição e dos valores transcendentais que impactam diretamente na visão de mundo das pessoas, e na maneira como estas se relacionam, lançando as bases para uma visão futura menos marxista e mais católica da pátria e da sua missão.

Paralelamente a isso, os protestantes iam se destacando na defesa da família natural formada por um homem e uma mulher, rechaçando todo modismo ocidental em relação à ideologia de gênero e afins. Houve até um caso emblemático, em que numa dessas paradas gays de São Paulo, alguns anos atrás, houve um vilipêndio terrível, em que as imagens de santos católicos, foram usadas de maneira completamente absurda, num ambiente completamente inaceitável, e teve até pastor protestante pedindo punição para os blasfemadores. Dom Odilo Sherer, Arcebispo de São Paulo, não se omitiu e também condedou esses atos absurdos.

De qualquer forma, era nítido que algo especial estava acontecendo no Brasil. Católicos, protestantes e homens de boa vontade, aproveitando do ambiente livre da internet, começaram a levantar a voz contra toda a sorte de arbítrio e ofensiva contra os valores cristãos que partiam principalmente da nossa suprema corte, do petismo e da mídia mainstream. Era uma questão de tempo e de oportunidade para que esse mundo virtual cada vez mais fervilhante se materializasse em encontros reais em avenidas, praças e áreas abertas que facilitassem a concentração de pessoas. 

Esse movimento orgânico e espontâneo que também recebeu a influência de alguns intelectuais como Olavo de Carvalho, acabou desembocando em manifestações populares em todo o Brasil. Para mim, que tive a oportunidade de estar presente em pelo menos duas dessas grandes manifestações, em Vitória-ES no ano de 2015, foi algo realmente muito especial. Uma sensação leve e boa permeava toda a manifestação. Pessoas sorrindo, mas protestando, com roupas coloridas, mas com a consciência de que era algo importante para o país.  

Uma vez que da maneira como o nosso país vinha sendo atacado desde sempre, e também internamente, era altamente improvável que justamente aqui ocorreria um movimento com tamanho engajamento e envolvimento, um verdadeiro despertar. De repente, milhões de brasileiros, homens, mulheres, idosos, e até crianças, saíram de suas casas, como que cansados de tanta pasmaceira, corrupção e da crônica e evidente falta de representação política. Eles lotaram ruas em muitas cidades do Brasil, sobretudo capitais, gritando a pleno pulmões suas insatisfações. Foi algo que pegou o establishment como que de surpresa. Tamanha foi a quantidade de gente e a pressão exercida que mesmo com a má vontade da mídia e dos políticos, eles foram sendo empurrados para as pautas desejadas pela população, principalmente o impeachment da presidente Dilma. Se não me falha a memória, lembro-me de algum movimento na Internet que questionava o resultado das eleições presidenciais de 2014, e sinceramente, acho bem possível que isso também possa ter contribuído para inflar as manifestações populares de 2015.

Obviamente que tal movimento de despertar, que também envolveu protestantes e pessoas de boa vontade, não poderia passar batido pelos que se acham “donos do poder”, ainda mais que uma verdadeira onda conservadora estava a varrer o mundo. Em pouco tempo, tivemos o “Brexit”, a eleição de Trump contra toda a expectativa de vitória para Hillary, e a incrível eleição de Bolsonaro em 2018, pouco depois de ter sofrido um ataque quase fatal perpetrado por um militante esquerdista, Adélio Bispo, que foi filiado ao PSOL por 7 (sete) anos, de 2007 a 2014. Depois disso, num movimento estranhamente sincronizado, que se iniciou mais forte nas redes sociais, foi se exacerbando artificialmente um conceito de “fake news”, que mais do que combater notícias falsas, parecia querer desqualificar a mídia ou informantes alternativos e independente, em favor da mídia mainstream, cuja audiência e credibilidade já estavam em franca decadência. De todas as reações ao movimento conservador que crescia em todo o mundo essa foi a mais abrangente e eficaz. Com o tempo, pudemos perceber, que todos os movimentos de controle e censura, visavam simplesmente o controle da informação, e muitos tiveram a opinião de que o combates às chamadas “fake news”, pareciam combater mais as notícias verdadeiras que incomodavam o “status quo” do que propriamente notícias falsas. 

No rastro desse movimento, tivemos uma perseguição sem precedentes à liberdade de expressão aqui no Brasil, capitaneada principalmente pelo STF, especialmente pelo conhecidíssimo ministro Alexandre de Moraes. Criou-se oportunamente a nomenclatura de “gabinete do ódio” e “milícias digitais” para demonizar a ação dos patriotas nas redes, criando um ambiente propício para derrubada de perfis, desmonetizações e banimentos. Essas ações tinham um claro viés político e ideológico e se mantém até a presente data, prejudicando muitos brasileiros de bem, que são rotulados e impedidos de ganhar o seu sustento pelas redes. 

O ápice dessa perseguição se deu após o dia 08 de janeiro do ano passado, onde velhos, senhoras e até crianças foram levados presos para uma quadra da Polícia Federal no Distrito Federal sob a acusação ridícula de que estavam realizando um golpe de estado na Praça dos Três Poderes, sabendo que várias dessas pessoas, nem lá estavam quando a baderna aconteceu. A mídia vergonhosamente passou a difundir que aquela bagunça de cidadãos comuns desarmados, um quebra-quebra num prédio público, era um atentado ao estado democrático de direito. Por mais que tais atitudes sejam erradas e não devam ser justificadas, chamar uma bagunça numa tarde de domingo, realizada por brasileiros cansados e desconfiados do resultado eleitoral, de golpe de estado, é uma forçação de barra ímpar na história do nosso país. Mas contra os bolsonaristas cola tudo. Diante de tamanha perseguição e injustiça, o povo foi se cansando e hoje já não levanta mais a sua voz como antes. Até o WhatsApp tem andado mais devagar. Parece mesmo que o objetivo dos que queriam calar e minar a confiança do povo brasileiro foi alcançado. Parece. 

Somos a Terra de Santa Cruz. Somos herdeiros de Portugal, fundado na Batalha de Ourique, após a aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado a Dom Afonso Henrique. A Fé Católica é a alma da nossa nação. E enquanto houver católicos nessa terra, haverá luta por um país mais fiel e decente. Não é hora de desanimarmos irmãos, tudo parece perdido, só parece. Mas o Brasil não é dos maus, ele pertence a Nosso Senhor Jesus Cristo. Cada um no seu dia a dia, se esforce para ser um bom cristão, um bom cidadão. Chega de sermos iludidos por aqueles que querem que sejamos apenas o país do futebol, da nudez em praias, ou do carnaval. Não é isso que nos identifica, o que nos identifica é a nossa Fé. Precisamos pensar grande, aspirar o Céu acima de tudo, salgar a terra com nosso testemunho, rezar, buscar os sacramentos, a conversão. Buscar a graça de resistirmos aos erros do nosso tempo, em quaisquer ambientes que frequentarmos. Não é abaixando a cabeça para picaretagem que se insinua para nós no dia a dia que iremos dar a nossa contribuição para a pátria, é preciso ser diferente, podemos ser todos melhores com a ajuda de Deus. Precisamos de mais coragem, precisamos nos comunicar mais sobre os assuntos realmente importantes e melhor. Os inimigos internos e externos da nossa Pátria se nutrem do nosso medo, da nossa apatia e do nosso silêncio. 

Brasileiros, basta de covardia e de mediocridade, levantem-se homens e mulheres de todo o país. O futuro dos nossos filhos e netos, também passa pelas nossas ações no dia de hoje. 

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