Antes de entrar no artigo propriamente dito é preciso esclarecer o que
eu entendo por covidismo. Covidismo não é um termo negacionista, mas um neologismo
que pretende passar uma ideia de crítica às medidas desproporcionais e abusivas
implementadas durante o período da pandemia. Sigamos.
Inicio este artigo, indicando a leitura e meditação do capítulo 12 do
livro de Daniel onde encontramos uma profecia muito importante a respeito do
fim dos tempos. O profeta inspirado pelo Espírito Santo fala da ação especial
de São Miguel Arcanjo neste tempo. Daniel também alerta no versículo 10b. deste
capítulo, que nesse tempo “os ímpios agirão com perversidade, mas
nenhum deles compreenderá, enquanto que os sábios compreenderão”. O
versículo 11 do mesmo capítulo fala da supressão do holocausto perpétuo, cuja
referência próxima, seria o tempo dos Macabeus (168 a.C.) com a terrível
perseguição de Antíoco IV Epífanes, mas não poucos (incluindo até alguns Padres
da Igreja) enxergam neste versículo também uma alusão ao fim dos tempos, onde o
Santo Sacrifício da Missa seria proibido por algum tempo (três anos e meio)
pelo anticristo.
Uma das coisas mais intrigantes que marcaram o tempo da pandemia, foi
uma significativa ausência de uma leitura mais profunda, diria escatológica,
dos acontecimentos que ocorreram neste período, sobretudo no que diz respeito
ao avanço do poder estatal sobre os direitos das pessoas e da Igreja. Uma
alegada preocupação com a saúde física, inflada por uma cobertura midiática
sensacionalista e opressora, deixaram pouco espaço para se respirar, e parece
ter sufocado até mesmo as nossas lideranças religiosas que não perceberam, ou
pelo menos não reagiram como era de se esperar ao avanço de uma ditadura
sanitária universal, incrivelmente uniforme e aparentemente centralizada.
Enxergar no covidismo um ensaio do anticristo para impor seu domínio ao
mundo não deveria ser descartado como uma louca teoria da conspiração, mas
antes deveria ser levado muito a sério pelos cristãos, de maneira especial
pelos nossos pastores. Pessoalmente, acredito de todo o coração, que as coisas
poderiam ter sido muito piores do que realmente foram. As coisas caminhavam
para uma tirania ainda maior, e de repente tudo se desanuviou, e a minha
leitura de tudo isso é que Deus teve misericórdia de nós, ouviu as nossas
preces apresentadas a Ele, por meio da Virgem Maria, interveio e nos deu mais
uma oportunidade.
De todas as coisas ruins que ocorreram, a submissão quase automática e
acrítica de muitos homens da Igreja aos ditames da tirania sanitária, foi uma
das mais graves na minha opinião. Penso que isso só foi possível porque o
antropocentrismo e o modernismo já haviam se infiltrado entre os membros da
Esposa de Cristo, enfraquecendo a Fé de muitos, preparando o terreno para
situações como a do covidismo. Em outros tempos, Cézar não ousaria
estender suas mãos naquilo que não lhe pertence, mas agora sentindo como se o
tempo lhe fosse favorável, avançou sem pudor sobre os direitos da Igreja,
ordenando fechamento de templos e proibindo cultos públicos, chegando até mesmo
a se imiscuir em assuntos litúrgicos. Quem não se lembra das notícias que
ventilavam aqui e ali, como por exemplo, a terrível e absurda ideia de que se
deveria distribuir a Sagrada Eucaristia em sacolinhas plásticas
individualizadas?
Uma das principais características do covidismo pôde ser percebida na
subversão ocorrida nas leis da sociedade, passando por cima até mesmo das
constituições dos países. Nesses tempos estranhos, onde o abuso de poder se
tornou uma tônica, nem mesmo a Igreja conseguiu passar incólume. Não faltaram
decretos de bispos em todo o mundo que proibiram a Comunhão na boca,
contrariando com essa medida a lei geral atualmente em vigor na Igreja e o
entendimento recente de Roma (manifestado em resposta a um católico inglês em
2009 na epidemia de H1N1) a este respeito, que garantem ao fiel o direito de
SEMPRE receber a Eucaristia na boca se ele assim o desejar.
Os ataques contra a dignidade humana durante o covidismo não podem ser
esquecidos e nos remetem diretamente às ditaduras comunistas do século XX que
sempre desprezaram o homem por conta dos interesses, dizem eles, da
coletividade, mas o verdadeiro bem comum, ao buscar o interesse da
sociedade, não sacrifica o indivíduo como se este fosse apenas uma
engrenagem de uma máquina.
O mal está à espreita, sempre esperando uma brecha. Se a agenda
anticristã não avançou como a oligarquia das sombras gostaria, não devemos
achar que eles não tentarão de novo. Os seguidores do anticristo sempre
procurarão um meio de tentar submeter os homens aos seus interesses
inconfessáveis, na verdade, eles só precisam de uma nova causa global e que
pareça urgente para tentar fazê-lo novamente, isso quando a Divina
Providência o permitir, e se ela permitir tal coisa em nosso tempo. O Great
Reset de Klaus Shuab e a agenda 2030 da ONU, são catalisadores dessa
nova sociedade, que despreza a realidade inscrita na natureza humana, e cumpre
muito bem os requisitos de um plano do anticristo, pois subverte completamente
a visão cristã, que ao contrário da utopia comunista, não prega um
paraíso terrestre, mas a vida eterna em Deus, e no seu Filho Jesus, que se fez
homem para a nossa salvação.
No contexto atual, o ressurgimento do neopaganismo com sua roupagem
ecológica, a idolatria animal, e o alarmismo climático, me parecem ser os
instrumentos de controle da vez para se tentar se impor uma terrível tirania a
nível global, mas se tudo isso falhar, não duvidaria que lançariam mão até de
historinhas de ETs.
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