A cassação dos direitos políticos de Bolsonaro foi uma das coisas mais vergonhosas que já ocorreram na história política da nossa jovem nação. Não importa a razão alegada para essa atitude absurda dos ministros do TSE, fato é que Bolsonaro, um político profissional de mais de 30 anos de eleições, apesar da sua fixação com as "quatro linhas" foi um dos poucos que tiveram a coragem de dizer que o rei estava nú, e exatamente por isso se tornou um bode expiatório, mostrando que o sistema não irá tolerar que mexam com a sua menina dos olhos: um sistema eleitoral controlado por poucos, sem transparência e sem possibilidade de recontagem física dos votos.
A nossa sociedade nos últimos 600 anos foi se afastando
gradativamente da visão teocêntrica, de um Deus criador que criou o mundo e o mantém,
para uma visão antropocêntrica, onde o homem e suas obras foram tomando aos poucos
a centralidade de Deus e da sua religião. Consequência dessa louca e orgulhosa
escolha foi a inversão completa que se operou nas sociedade em relação as
prioridades e importância das coisas. A Revelação, que nos foi dada por Deus e cuja resposta é o dom teologal da Fé, gerou dogmas perfeitos e imutáveis no seio da Santa Igreja através do Magistério, que superam
muitíssimo a capacidade da reflexão humana, sem no entanto, humilhá-la, devendo ser acolhidos com humildade e gratidão. No entanto, após as três revoluções
(protestante (1517), francesa (1789) e comunista (1917)) a sociedade destituída
de suas raízes mais profundas, se tornou muito mais materialista e consequentemente
mais limitada na sua visão. O método científico, que é em si algo bom, mas
limitadíssimo, passou a ser aplicado às esferas que não lhe pertenciam, a ponto
de se chegar a ideia absurda de que aquilo que não pudesse ser verificado
empiricamente, simplesmente não existiria, ou não seria real. Essa sandice, ajudou a
fomentar o ateísmo, e o menosprezo pelas coisas relativas a Deus e a religião.
Muitos homens do nosso tempo caíram numa idolatria tosca, onde substituíram Deus Cristão, por ídolos de pés de barro, que atendem por nomes conhecidos como progresso, ciência, democracia, liberalismo, comunismo, e laicismo.
Em nome desses ídolos, que povoam muitas mentes, se praticam as maiores aberrações,
como por exemplo a exacerbação das atribuições de instituições seculares e o desprezo pela lei natural, e pela
verdade.
Dito isso, é possível agora entender porque nossas autoridades não aceitam questionamentos razoáveis às urnas eletrônicas, sistema eleitoral, instituições, constituição, ou à democracia. Não se trata mais de uma defesa racional desses entes, nada disso. Adentramos na esfera religiosa do fanatismo da religião civil que não tolera o mínimo questionamento aos seus dogmas.
O mundo realmente dá voltas, durante muito tempo a Santa Igreja foi difamada, e a sua ação através da Inquisção aumentada exponencialmente, ao mesmo tempo que o terror revolucionário sempre foi jogado para debaixo do tapete. Hoje, através dos absurdos que começam a ser fazer em nome de um falso humanismo, que ficou muito claro no recente caso do covidismo, a verdade a respeito da trajédia revolucionária e do afastemento de Deus e de sua lei começam a ficar cada vez mais evidentes. Dentro desse contexto todos os que começarem a desafiar os dogmas da nova religião civil serão perseguidos e execrados, Bolsonaro foi apenas o caso mais evidente e emblemático.
Luciano Perim Almeida
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