Ainda não podemos
medir a importância da live feita ontem (24/04)
no Youtube com os irmãos Weintraub (Abraham e Arthur) contando com as
presenças do jornalista Paulo Eneas, do ex-chanceler Ernesto Araújo e também do
Victor Metta.
O serviço que eles
prestaram à Nação foi impagável. Eles relataram cruamente como funciona os
bastidores do poder e como qualquer pessoa, inclusive um presidente como
Bolsonaro, um homem talhado por 30 anos de política, pode sim errar e ser mal
influenciado.
Em 2018, a agenda
conservadora foi fundamental para eleger Bolsonaro. Abraham Weintraub e Ernesto
Araújo passaram então a integrar o núcleo duro de um governo conservador e
depois, infelizmente, foram sacrificados em nome de uma governabilidade ou
sobrevivência, que, na prática, foi um distanciamento da agenda vitoriosa nas
eleições de 2018.
Uma vez eleito,
Bolsonaro foi sabotado em tempo integral principalmente pelo STF, mas também
por Rodrigo Maia e outros atores, sem falar na mídia comuno-globalista viúva do
lulo-petismo. Ainda assim foi se mantendo no poder apesar de todas as
investidas contra ele. Todas as tentativas de derrubá-lo foram frustradas, mas
o sistema jamais desistiu, e uma vez que não conseguiu tirar o Capitão do
caminho, só lhe restava a alternativa de se infiltrar no seu governo para
lentamente ir corroendo completamente seus ideais. A entrada de Moro no Governo
foi apenas a face mais exposta de um problema que consistiu na entrada no núcleo do governo de
pessoas não alinhadas com a agenda vencedora, mas como a live dos
Weintraub deixou bem claro, parte considerável do entorno do Presidente, já
atuou desde o primeiro dia de mandato para desviá-lo da sua principal missão de
combater o sistema podre e também para tentar transformá-lo num leão
desdentado, apenas uma mera sombra do candidato combativo eleito em 2018.
Bolsonaro é um cara
do bem, mas erra, principalmente quando se deixa envolver por pessoas que estão
aninhadas no status quo, não falo apenas de civis, mas
principalmente de militares que assistem de camarote há pelo menos
uma década o rompimento institucional soft (sem alarde e
contínuo) causado pelo STF. A fraqueza e a lentidão daqueles que já deveriam
ter agido há muito e não o fizeram, tornam-lhes cúmplices do atual abismo para
o qual tem sido levado a nossa nação.
Bolsonaro errou a mão ao insistir
tanto no mantra das quatro linhas sem encontrar uma saída prática para a sinuca
de bico no qual ele e o país se encontravam. Infelizmente, a Constituição
brasileira não previu a ditadura de toga que tomou conta do Brasil. Se aqueles
que tomaram de fato o poder no Brasil, são os mesmos que tem a prerrogativa de
interpretar a Constituição, estamos no pior dos mundos, e precisamos,
obviamente, olhar para além dela, para começar a sair do atual atoleiro. A
consolidação da ditatoga e os abusos reiterados e sem punição de Alexandre de
Moraes é a prova cabal da falência da nossa atual Constituição e do atual
regime.
A lei e o direito naturais
certamente terão uma saída para o buraco no qual nos encontramos atualmente, e
elas precisam inspirar profundamente uma futura Carta Magna, no caso de se
manter um regime Constitucional, para a que a justiça, a ordem, a moralidade e
a legalidade voltem a ter lugar em nosso país.
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