Muitas vezes
fiquei pensando porque tantos alemães dos anos 30 foram tão coniventes com o
regime nazista, fingindo não ver o sofrimento alheio, não reagindo aos
progressivos desmandos do Estado. Entre tantas respostas que poderiam ser
dadas, tanto pela filosofia ou pela religião, uma precisa ser mencionada, a
passividade diante da manipulação da propaganda nazista.
Cabe aqui uma
pequena retrospectiva. O Estado no Brasil não conseguia ou não queria punir os
criminosos por detrás dos volantes que dirigiam embriagados e causavam
acidentes. Em determinado momento teve a “brilhante” ideia de desviar de si a
cobrança por essa impunidade e incompetência e introduziu uma lei seca
draconiana que puniu antecipadamente e injustamente todo cidadão de bem que
ousasse dirigir após tomar sua latinha de cerveja. Pronto, o culpado não era
mais o Estado na sua lentidão ou leniência, agora o culpado passou a ser o pai
de família que após almoçar fora com os seus no sabadão não pode mais tomar sua
latinha sem se sentir um criminoso. Antes de me acusarem de qualquer
irresponsabilidade, saibam que não estou falando de pessoas embriagadas, mas
tomo como exemplo, homens de 80 kg que praticamente não sentem qualquer efeito
após tomarem uma ou duas latas de cerveja.
Isso foi um
dos muitos balões de ensaios que nos impuseram durante esses anos. E nós
aceitamos alegremente. Os engenheiros sociais sabem há tempos do poder da
repetição de uma ideia e como isso afeta o comportamento humano. Esse
coronavírus tem sido o laboratório ideal para certa oligarquia mundial testar o
nível de reação da sociedade à tirania estatal.
Depois do
mantra “Fique em casa”, que poderia muito bem ser a versão reduzida do “Fique
em casa e destrua o seu país”, vem agora o “use máscara”. De repente, usar
máscara virou um método científico extremamente eficaz que salvará a humanidade
do corona, e quem não acreditar nisso é burro ou louco, pior ainda,
assassino.
A recomendação para
que se use máscara em determinado ambiente fechado, com aglomeração, realmente
poderia fazer algum sentido, principalmente se quem a estiver usando apresentar
algum sintoma. Mas a insanidade de se obrigar populações inteiras de municípios
pequenos a usarem esse equipamento enquanto andam pelas ruas a céu aberto não
possui nada de científico. É apenas arbítrio, ou se quiserem mais um balão de
ensaio para testar o nível de aceitação/passividade da população.
Se a população não questiona ou mesmo reage diante das medidas autoritárias, e até mesmo irracionais dos seus mandatários, esses se sentirão cada vez mais à vontade para apertar o torniquete.
É este o
estágio atual no qual nos encontramos. O Estado está montando a cavalo na
gente, e usa de estatísticas (confiáveis ou não) para isso. Qualquer variação
no número de mortos ou contaminados serve agora para se manter, aumentar ou
mesmo retornar com alguma repressão estatal. Fechamento de Igreja e comércio,
suspensão de aula, tudo é decidido sem qualquer transparência ou base
científica. Poucas são as autoridades que tentam alguma saída criativa em que
se tente conciliar as restrições necessárias com hábitos essenciais de uma vida
em sociedade. O principal caminho usado até agora, senão o único, foi apenas o
de sacrificar a liberdade de populações inteiras em troca de benefícios que
talvez nunca poderão ser quantificados.
Com isso os
cidadãos vão mergulhando no desespero e começam a perder a lucidez. Aqueles que
ainda mantém alguma coragem e não se dobram facilmente aos decretos absurdos são os
primeiros bodes expiatórios de uma sociedade paranoica e estressada. Pessoas
que não estão contaminadas ou talvez nunca o sejam pelo Covid, se tornaram
agora “assassinos” em potencial na boca da turba que abraça bovinamente toda e
qualquer norma emitida pelo ídolo estatal, estúpida que seja.
É tempo de despertar minha gente. A história nos ensina que já avançamos demais. Quanto mais dermos de nossa liberdade, mais será exigido de nós depois.
Chegou a hora
de começarmos uma pacífica e ordeira resistência a esse autoritarismo exagerado
de nosso tempo. Primeiro através do convencimento dos nossos próximos. Se
alguma pessoa falar que você tem que ficar em casa, ou caminhar de máscara pelas
ruas a céu aberto mesmo sem apresentar qualquer sintoma, questione ela o porquê
disso. Poucos saberão lhe dar uma resposta convincente. A maioria já está no
automático e isso é muito perigoso. O próximo passo a ser dado seria o de
cobrar as nossas autoridades a respeito de medidas exageradas, cada um de
acordo com seu prestígio e capacidade. Também participar de manifestações
patrióticas pela liberdade é uma ótima opção. E que Deus nos inspire muitas
outras ações nessa grave hora, o importante é não sermos passivos diante da
ditadura que tenta se impor em nome de um pretenso combate a uma doença.
O alerta já foi dado. Rezemos a Deus para que nos livre da tirania, que entre outras coisas se alimenta das denúncias do cidadão comum que ao se tornar cúmplice do Estado nos seus excessos, torna-se também ele um pequeno tirano.
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