Desde que Moraes e o STF tomaram sem alarde o poder real no Brasil em março de 2019, sem a devida reação dos demais poderes, com a inação das Forças Armadas e o beneplácito da velha imprensa, muita coisa mudou em nosso país.
Quem acessa o YouTube hoje, por exemplo, não tem ideia do que era um YouTube pré-covidismo, e pré-STF-de-Moraes, isso sem falar nos movimentos de controle e censura que ocorreram após as vitórias de Trump em 2016 e Bolsonaro em 2018.
O Sistema que investiu pesado um século inteiro para controlar a narrativa através da velha mídia, se viu de repente apanhado de surpresa por um movimento orgânico, de viés cristão-conservador, livre dos cordéis que controlavam a informação. Fato é que uma parte considerável da população não se dobrou, mesmo diante de décadas de investimento pesado em engenharia social e manipulação em grande escala perpetrada por TVs, jornais, escolas e universidades. Hoje está mais claro do que há cinco anos atrás, que além do alegado e pouco crível combate às fake news e ao discurso de ódio, está também um ensandecido desejo do Sistema de retomar o controle de informação e domínio das consciências.
O paradoxo que se impõe neste momento é que ao mesmo tempo que Alexandre de Moraes, o STF, o PT, a União Europeia e a China Comunista estão errados no seu autoritarismo crasso, também estão Elon Musk, Trump e a visão americana de uma defesa irrestrita da liberdade de expressão, porque o erro não deve ter direitos. Existe a boa censura.
Mas como sair dessa sinuca? Só há um caminho, apontado pela Igreja desde sempre, mas que foi solenemente ignorado pela sociedade contemporânea, em especial no último século: o retorno urgente para os valores do Evangelho e a dócil submissão ao Reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não precisamos da tirania de Moraes e companhia, nem que eles definam o parâmetro do que é certo e errado para nós, e nem tampouco queremos a liberdade irrestrita de Musk e Trump, queremos sim uma liberdade que seja plena e verdadeira e ela só será assim se for balizada pela Justiça, pela Verdade e pelo bem comum. Em suma, é necessário que indivíduos e nações cessem suas rebeldias e se deixem guiar novamente pelos ensinamentos da Santa Mãe Igreja. É isso.
Luciano Perim Almeida
Como diz um amigo: “O único estado bom para o homem é o estado sacramental, nem direita ou esquerda.”
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