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A fala indigna de Hugo Motta e a perigosa invisibilidade dos brasileiros perseguidos pelo regime

Foi com profundo asco e indignação que ouvi o pronunciamento do presidente da Câmara, no último dia 19, por ocasião da comemoração dos 40 anos da redemocratização do Brasil.

Como se fosse um boneco de ventríloquo do sistema, Motta foi discorrendo uma série de abusos e perseguições perpetradas por Alexandre de Moraes, nos últimos tempos, mas sempre precedidas por um inacreditável “não tivemos”. Se eu não tivesse visto essa cena acintosa, teria dificuldade em acreditar .

Até pode ser possível que Hugo Motta tenha estado numa bolha intransponível nos últimos 5 ou 6 anos, o que sem dúvida, o desabilitaria completamente para ser o presidente de uma casa legislativa, mas a ideia de que ele simplesmente teria agido como mais um agente do sistema que estaria dando a sua contribuição para a consolidação da ditadura de toga e ao mesmo tempo para o seu disfarce,  me parece muito mais crível , lógico e grave.

Fato é que subimos de patamar em termos de ditadura. Além da velha mídia, bem paga, que parece fingir não ver o sofrimento de patriotas inocentes sob à tirania de Moraes, temos agora um presidente de Câmara que parece agir como um passador de pano.

Tudo isso é muito grave. Se as minhas impressões se confirmarem, o regime em voga no Brasil, não irá se conformar com a cabeça de Bolsonaro, mas irá se tornar ainda mais agressivo e perigoso.

Penso que cada brasileiro de bem, se ainda não despertou, precisa despertar para o gravíssimo momento que se avizinha, infelizmente.

Penso que a hora de falar, de gritar, é agora. Nunca o impeachment de Alexandre de Moraes se fez tão urgente e necessário como agora.

Se continuarmos a ignorar as vítimas de Moraes, achando-as invisíveis como Motta mostrou em seu infelicíssimo pronunciamento, pode ser que em breve mais e mais brasileiros inocentes se tornem vítimas dos “defensores da democracia”.

O grito pela anistia é insuficiente, precisamos gritar por justiça, além do “fora Moraes”, mas o principal mesmo é lembrar-se de colocar o joelho no chão e implorar a misericórdia de Deus para o nosso Brasil.

Luciano Perim Almeida

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