Infelizmente, vivemos numa sociedade estragada pelo materialismo prático, onde o objetivo de vida de muitos se tornou tão somente o enriquecimento material e comodidades. Numa sociedade assim, onde a busca pela justiça, e o desejo da vida eterna não constituem mais os seus fundamentos, poucas são as pessoas corajosas dispostas a correr riscos por causas justas. São comuns recuos e deserções diante das ameaças mais banais e a ideia de sacrifício foi praticamente abandonada.
Alexandre de Moraes conseguiu perceber, como poucos, a natureza gravemente corrompida da nossa atual sociedade. Viu que parte considerável de nossas elites se movia apenas por benesses, e não enxergou virilidade, valor e patriotismo suficientes para barrar os seus desmandos autoritários. O apego aos cargos, ao dinheiro e a fama tem falado muito mais alto em nosso tempo do que o dever de resistir ao erro e combatê-lo.
Como já escrevi outras vezes, nenhum tirano chega ao poder, e lá se mantém por algum tempo, sem apoio. Quase todo tirano termina sozinho, mas seu “reinado” geralmente é cercado por bajulação dos poderosos. Hoje esse papel de bajulação e proteção, cabe, principalmente, mas não somente, à velha mídia bem paga, que oculta o sofrimento das vítimas do atual regime, demoniza a direita e não discute com profundidade e honestidade os abusos reiterados e escancarados do ministro que é ao mesmo tempo juiz, promotor e vítima.
Alexandre de Moraes tem a sua parcela de culpa, que é muito grande, mas uma sociedade/elite que não reage aos seus desmandos também é muito culpada. É verdade que há muita manipulação midiática, e que veículos privados de comunicação tem se portado como o Pravda, iludindo boa parte da população, mas ainda existem fontes alternativas de informação, sobretudo na internet, com conteúdo de boa qualidade, mas para buscar essa informação, é preciso uma certa dose de boa vontade e reta intenção.
O marxismo que se infiltrou em nossa sociedade a degenerou profundamente. A verdade foi trocada pela narrativa. A paixão vil por partidos comunistas ou filo-comunistas, além de um certo encanto por figuras políticas desgastadas e já condenadas em três instâncias, também contribuem para o "Fla-Flu" absurdo que assombra a nação há tempos.
Muitos patriotas foram presos injustamente e sofrem todo o tipo de privação e tortura emocional. O Clesão morreu, e é bom que ninguém se esqueça disso. Vivemos uma verdadeira tragédia moral e o risco do regime escalar na sua sanha persecutória é real e palpável.
Vivemos um momento trágico no Brasil e por detrás de cada crueldade, cada injustiça e perseguição, há uma sórdida justificativa que tudo isso é feito em nome da defesa da democracia. A democracia que hoje é defendida se degenerou num um regime persecutório, um consórcio entre o STF e o PT, escorado pela mídia amiga.
Diante de tanta pasmaceira e omissão daqueles que poderiam ter agido há muito tempo e não o fizeram, não desanimemos, mas recorramos Àquele que é a verdadeira fonte e origem de todo poder e autoridade: Deus. Precisamos clamar a misericórdia do Senhor para a nossa nação.
Penso que seria incrível um movimento que vez ou outra, levasse milhares, quem sabe, milhões de brasileiros às praças e ruas desse imenso Brasil para desfiar os seus Rosários, implorando a Santíssima Virgem Maria para que livre a Terra de Santa Cruz de todo o tipo de tirania, do laicismo e da peste do comunismo. Tais ações, normalmente lideradas por leigos, para não se confundirem com as ações oficiais de Paróquias e Dioceses, deveriam evitar nomes como "Católica" e "Igreja Católica" em sua divulgação, para não criar atritos e confusões desnecessários com as lideranças eclesiásticas. Funcionaria mais como uma simples convocação para a recitação pública do santo terço pela pátria. Os organizadores locais de tais eventos, agiriam de maneira independente, sem um comando nacional, e precisariam, obviamente, se esforçar para divulgar e conservar o caráter ordeiro e pacífico do movimento, lembrando de informar e pedir autorização prévia às autoridades competentes, para que reservem o local adequado com antecedência e provisionem, se for o caso, a segurança necessária. É preciso dar um testemunho também no cuidado e preparação desses eventos, simples que sejam.
O caráter público da oração do terço é um testemunho corajoso da nossa Fé e um sinal de vitalidade espiritual. Buscar estar em estado de graça, em dia com os sacramentos e se preparar adequadamente para essa tarefa é igualmente importante. Muitas vitórias podem ser alcanças pela recitação do Santo Rosário. Não temamos nenhuma pecha, nem mesmo àquela de que estamos apenas querendo aparecer ou instrumentalizando a religião para fins políticos. Lembremos do que disse Nosso Senhor: uma luz não se esconde, mas se põe em local apropriado para iluminar. Não é tempo de se esconder, mas de testemunhar. Um dia, se for preciso, voltaremos de novo às catacumbas, mas não hoje!
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, salvai o Brasil!
Luciano Perim Almeida
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