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A “vitória” de Biden é a derrota do resto de dignidade do Ocidente

É impossível que uma pessoa bem informada e de caráter se alegre com a vitória de Biden. Ou a pessoa é ignorante em relação ao que realmente aconteceu na eleição americana (o que não é tão difícil devido a cortina de fumaça midiática), ou é problema de  caráter mesmo, porque se alegrar com uma “vitória” sabendo que esta foi fruto da maior fraude quantitativa da história humana não é nenhum pouco decente.

Se considerarmos as pessoas que poderiam ter evitado essa iminente tragédia, como os juízes dos diversos estados americanos onde ocorreram as fraudes e até mesmo a Suprema Corte, podemos também falar de covardia, preciosismo jurídico ou mesmo irresponsabilidade perante o povo e a nação americana. 

Uma lei humana deve se conformar a lei moral inscrita por Deus em nossos corações. Fraudes e mentiras evidentes devem ser combatidas e não devem ser toleradas sob quaisquer circunstâncias ainda que seja preciso “quebrar” alguns protocolos para isso. Há uma hierarquia nas leis, e as morais estão muito acima das positivas, e um dos maiores problemas do mundo moderno é que se esqueceu disso. Hoje em dia a forma tem muito mais valor do que o conteúdo, infelizmente.

Quando Mike Pence, e os juízes da Suprema Corte entendem que leis humanas precisam ser mais seguidas do que a lei moral que condena o erro, a fraude e a mentira, fica claro o tamanho do buraco em que atualmente nós ocidentais nos encontramos. 

Trump foi honrado e brigou até o fim, não cedeu a nenhum tipo de preciosismo politicamente correto, foi pra cima, lutou não por si, mas pelo povo americano e pelo  direito deste de ter o seu voto respeitado. O povo americano sempre se lembrará dele como um homem de valor e de coragem, quanto a Pence, sua postura foi decepcionante e protocolar. 

A democracia americana tal a qual a conhecemos, morrerá no dia que Biden for certificado. Nenhum regime pode se sustentar sem um lastro na verdade e na moral. Será apenas uma aparência de democracia, que se degenerá numa ditadura das elites com um disfarce pra lá de ruim de sufrágio universal.


OBS: * Fraudes e mentiras evidentes devem ser combatidas e não devem ser toleradas sob quaisquer circunstâncias ainda que seja preciso “quebrar” alguns protocolos para isso. Fazendo um parêntese necessário: Quando apelo a “quebra” de protocolos, de maneira alguma quero invocar o princípio maquiavélico e anticatólico de que “os fins justificam os meios” e que as regras do jogo tem que ser mudadas de acordo com o gosto do jogador, não se trata disso. Trata-se apenas de recordar o que é uma lei na verdade, e que é essa tem que ser calcada na justiça para ser vinculativa. Obviamente que quando os Pais Fundadores fizeram a Constituição Americana, o seu espírito era do proteger o povo da tirania, daí o seu famoso “We, the people...”, “Nós, o povo...”. Pence diz bem em dizer que não pode decidir unilateralmente, mas o que todos esperávamos é que diante de um caso escabroso de fraude, ele não apenas agisse de maneira cerimonial e protocolar, mas devolvesse às casas legislativas dos estados em que foram identificadas as fraudes para que essas decidissem, uma vez que lisura do processo estava completamente comprometido. Ao agir da maneira mais fácil, abrindo mão de uma prerrogativa que possui, segundo as interpretações de alguns juristas, abriu caminho para que o mal e a mentira triunfassem. Então, não se trata de fazer algo ruim, para se tirar algo bom, mas de se resgatar o espírito da Constituição Americana para fazer o bem e proteger e o povo. Espero ter sido claro. Obviamente que não seria uma decisão fácil de se tomar, pelo seu ineditismo e implicações, sem falar no risco de se criar precedentes para futuros vices, mas para mim neste momento me parecia ser a melhor decisão. Ainda não acabou.

Se uma Constituição ou um sistema eleitoral não é capaz de impedir o roubo que aconteceu nos EUA, eles precisam sofrer modificações.

Luciano Perim Almeida

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