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Não há tirania sem apoio (ao menos inicial).

Pelo que se sabe, pela lógica e pela experiência, uma tirania não se estabelece em uma nação sem cúmplices . Um tirano, por pior que seja, não conseguiria se estabelecer e se manter no poder sem contar com o apoio de alguns setores e pessoas importantes da sociedade. Quando o nazismo, por exemplo, se estabeleceu na Alemanha no início dos anos 30, o fez sem resistência de parte da elite alemã, na verdade houve até apoio de alguns empresários e pessoas influentes (https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/como-elite-alema-impulsionou-o-holocausto.phtml).


Às vezes, pode ser fácil numa certa distância no tempo e espaço, condenar muitos alemães dos anos 30 e 40 que se mostraram omissos diante da perseguição oficial aos judeus, mas como será que muitos de nós reagiríamos diante da maldade disfarçada por um elaborado sistema de desinformação e propaganda?

Recentemente, tivemos uma amostra de como esse processo de propaganda em massa funciona. Durante o covidismo, quantos de nós não se deixaram levar por uma ideia segregacionista baseada em cientificismo, e começaram a ver os cidadãos que resistiram à tirania sanitária, em especial, à imposição da vacinação experimental obrigatória, como menos humanos? Exemplo disso foram as várias “pérolas” que eram destiladas sem qualquer pudor,  como por exemplo: “quem não se vacinou não deve ter direito ao atendimento pelo SUS”, ou ainda, quantos não acharam perfeitamente normal as pressões e ameaças veladas de perda de emprego para quem não se submetesse ao experimento vacinal? Tal ambiente de falta de sensibilidade só foi possível porque as mentes já estavam condicionadas pelo medo e propaganda, e fez com que muitos vissem seus concidadãos  com a pecha de “negacionistas” que poderiam colocar o resto  da sociedade em risco. Por essa amostra, pudemos experimentar em nosso tempo como a propaganda massiva pode ter um impacto terrível e maligno na sociedade.

De igual modo, também em nosso tempo, vemos acontecer diante dos nossos olhos a demonização de uma parte considerável da sociedade, na verdade a sua maioria, que se encontra no espectro político classificado comumente como direita, mas que, na verdade, engloba cristãos, conservadores e liberais. Nesse aparente coordenado movimento de demonização, os patriotas que lotavam às ruas do país, sem ao menos as sujar, pedindo ética, justiça, liberdade, e transparência, se tornaram, na visão de alguns, golpistas e inimigos do estado, o que é, obviamente, uma grande falácia. A narrativa do 08 de janeiro, que para mim desde as primeiras imagens e relatos me passou uma ideia de arapuca contra o povo brasileiro, ajudou a corroborar esse falso conceito.  Quantos inocentes foram condenados às penas completamente injustas e desproporcionais por uma baderna numa tarde de domingo, e muitas vezes nem sequer por isso, mas apenas porque estavam em um lugar errado na hora errada? Muitos nem se perguntam mais porque aquelas pessoas, que saíram de lugares tão distantes, estavam lá na Praça dos Três Poderes. O recorte predominante atualmente passa a ideia de que baderneiros antidemocráticos,  do dia pra noite, resolveram dar um golpe de estado através de um quebra-quebra em prédios públicos, mas está é uma hipótese completamente inverossímil. Sem querer desculpar a depredação, tal narrativa não retrata bem a realidade do ocorrido, explico melhor: a maior parte dos brasileiros estavam lá porque desconfiavam,  e com razão, de um processo eleitoral eivado de suspeitas, suspeitas essas alimentadas também pelo STF que nas pessoas dos seus ministros, trabalharam pesadamente contra o voto impresso, e ainda fizeram de tudo para reabilitar um homem condenado em várias instâncias para disputar à Presidência da República. 

Toda essa perseguição aos patriotas tem sido liderada por um homem, Alexandre de Moraes, mas sabe-se que sem a simpatia de setores importantes da sociedade, como a grande mídia, por exemplo, ele jamais conseguiria emplacar a sua versão pouco crível dos fatos: de que mulheres e velhos desarmados estavam realizando um golpe contra a democracia. Hoje, pela exposição de um bilionário sul-africano, muitos dos atos ilegais e abusivos desse Ministro começam finalmente a vir à tona, o que são verdadeiras trincas no sistema tirânico que se impôs ao país. 

Quanto tempo levará para também ruir a espiral de silêncio e o sistema de mútua proteção que há muito tempo sustentam o atual regime (entorpecedor) em nosso país, nós não sabemos, mas que seria muito bom ver o país livre do presente jugo, com o povo livre e próspero, além de uma justa responsabilização de todos os envolvidos, ah isso seria!

Recordo aos leitores que para quem se preocupa com o Juízo Particular, o juízo da história, é algo completamente secundário, de qualquer forma seria muito interessante imaginar como seria a reação de muitos nos nossos contemporâneos que hoje estufam os peitos para condenar os erros do nazismo e julgam com toda firmeza a sociedade alemã dos anos 30, quando indagados por seus netos, daqui a 50 anos, de que lado eles estavam quando o Brasil foi ameaçado pelas ditaduras sanitária e judiciária. Pensemos nisso.








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