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Eleições 2022 numa perspectiva católica

"Pode haver uma legítima diversidade de opinião entre os católicos sobre a guerra e a aplicação da pena de morte, mas não sobre o aborto e a eutanásia.” 

(Cardeal Ratzinger (atual Papa Emérito) aos bispos americanos em carta de 2004)

Depois de décadas de simpatias inaceitáveis de parte do clero desta Terra de Santa Cruz para com o lulo-petismo, cuja origem historicamente está ligada às CEBs e à Teologia (heresia) da Libertação de matriz marxista, chegou a hora em que tais pastores não poderão simplesmente desconsiderar a  terrível ameaça que paira sobre nós. O segundo turno das eleições presidenciais deste ano está servindo para revelar que, infelizmente, parte considerável do clero foi influenciada em seu juízo crítico pela teologia da libertação. O peixe não vê a água. Vários de nossos pastores precisam aproveitar essa oportunidade para abandonar de vez a nefasta influência do marxismo para conseguir enxergar melhor a realidade atual.

A Igreja não se confunde com a comunidade política, mas é falso dizer que política e religião não se relacionam. A política precisa ser iluminada pelos valores da verdadeira religião, que é a Católica. Se é verdade que Estado e Igreja possuem campos específicos de atuação, isso não quer dizer, de maneira alguma, que eles estejam separados, como pregam os defensores do estado laico. Assim como o corpo separado da alma morre, o mesmo ocorre com um estado separado da Fé católica. Sem a luz da Igreja tudo vai apodrecendo, morrendo, uma decadência só. A Igreja é mestra na Moral, recebeu de Deus a missão de educar as nações na Verdade, e nem mesmo uma Constituição laica, ou mesmo um STF com suas bizarrices e chicanas jurídicas teriam poderes para transformar o certo em errado, ou o errado em certo. Uma lei positiva sempre deverá ser conformar à lei natural (que vem de Deus), não poderia jamais modificá-la ou mesmo anulá-la.

Ideologia de gênero, aborto, perseguição laicista, normalização e legalização do homossexualismo, liberação de drogas, idolatria estatal, socialismo, ataques aos direitos dos pais e das famílias, são todas pautas absurdamente anticristãs que devem ser rechaçadas por qualquer católico, cristão ou homem de boa vontade. É inconcebível e desonesto querer nivelar os projetos de Bolsonaro aos de Lula que são essencialmente anticristãos. O relativismo moral não pode de forma alguma ser a norma. Não são candidatos iguais, nem propostas iguais. Esse tipo de nivelamento é inaceitável e não existe na vida real. Existem direitos que precedem outros como o direito à vida desde a concepção, e a liberdade de se professar a Fé.  Não há a menor dúvida que Bolsonaro, mesmo com todos os seus defeitos como homem e gestor, precisa  ser considerado à luz da doutrina católica como um “mal menor”. 

Além de tudo isso, não estamos mais em 2002, depois de Mensalão, Petrolão, condenações em três instâncias do descondenado (reabilitado pelo STF), e a revelação do maior esquema de cleptocracia já visto em democracias no Ocidente, votar no PT neste momento se reveste de uma particular gravidade, é forçar demais a barra, é como se as pessoas se submetessem a um apagão voluntário na própria mente tipo àquele do aparelhinho usado no filme dos M.I.B. (Homens de Preto). Isso é quase inacreditável, parece um pesadelo, um transe, ou algo parecido.

Encerro este breve artigo com um trecho de uma carta do Cardeal Ratzinger (atual Papa emérito Bento XVI) de 2004 aos bispos americanos quando ele era ainda o Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, neste texto fica claro que nem toda questão tem o mesmo peso na hora do voto católico:

“Nem todas as questões morais têm o mesmo peso moral que o aborto e a eutanásia. Por exemplo, se um católico discordar do Santo Padre sobre a aplicação da pena de morte ou a decisão de fazer a guerra, não seria considerado, por essa razão, indigno parecer receber a Sagrada Comunhão.

Enquanto a Igreja exorta as autoridades civis para buscar a paz, não a guerra, e de discrição e misericórdia na imposição de punição a criminosos, ainda seria permitido pegar em armas para repelir um agressor ou a recorrer à pena capital. Pode haver uma legítima diversidade de opinião entre os católicos sobre a guerra e a aplicação da pena de morte, mas não sobre o aborto e a eutanásia.” (https://templariodemaria.com/o-dia-em-que-ratzinger-explicou-por-que-e-errado-votar-em-candidatos-pro-aborto/)

Que Nossa Senhora da Conceição Aparecida se compadeça de nós, auxilie os nossos pastores e livre mais uma vez o Brasil do comunismo!

Luciano Perim Almeida


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