Pular para o conteúdo principal

Lavando a alma católica

Falta muito pouquinho para acabar o estranhíssimo Sínodo da Amazônia e a tentativa infeliz de paganizar a Igreja que o acompanhou.

Quando vimos no dia 04 de outubro aquela cena bizarra onde o Papa, meio sem graça, presenciou uma cerimônia pagã num dos jardins do Vaticano, já era possível imaginar que esse mês de outubro demoraria muito para passar.

Tivemos até procissão com o ídolo pagão adentrando em templos católicos. E chegaram mesmo a separar uma paróquia em Roma para se instalar confortavelmente a “abominação da desolação” (cf. Mt 24, 15.)* sem que se chamasse tanto a atenção para isso. Talvez os organizadores não tenham pesado o suficiente o fato de que estamos na era da internet, e da informação instantânea e capilar. Esse horror numa igreja romana chegou rapidamente aos ouvidos dos católicos mais longínquos.

Esse ultraje horrendo foi se prolongando por dias a fio, até que dois homens corajosos decidiram lutar pelos direitos de Deus e lavar a alma de milhões de católicos que não suportavam mais essa profanação terrível. Jogaram os ídolos no rio. 

Confesso que ao ver o vídeo pela manhã do dia 21/10, meu coração se encheu de júbilo e gratidão a Deus por esse ato singular de coragem e zelo pela casa do Senhor.

Os santos no passado da Igreja também destruíram falsos ídolos, mostrando de maneira inequívoca e pedagógica que os ídolos pagãos são um nada perante o Senhor. A verdade é que partir do momento que um objeto pagão se torna causa de profanação e idolatria dentro de uma Igreja Católica, causando uma quebra do primeiro mandamento da lei de Deus, devemos nos preocupar muito mais em restaurar a dignidade da casa de Deus do que se eventualmente ferimos suscetibilidades de profanadores irresponsáveis. O erro não possui direitos.

Que Deus continue a suscitar católicos de fibra em toda a Sua Igreja. E que isso sirva de sinal para que ninguém ouse mais profanar a Casa de Deus.

Não podemos assistir passivamente a tentativa de se demolir a Igreja. O tempo é de resistência, não à hierarquia, mas ao erro. Que Deus nos fortaleça com a sua graça.

_______________________________________________________________________
* A introdução do ídolo amazônico nos templos católicos em nosso tempo é sem dúvida uma coisa abominável e nos faz lembrar da "abominação da desolação" indicada no Evangelho de São Mateus.  Parece uma prefiguração, um ensaio do que ocorrerá no fim dos tempos. Em suma, um verdadeiro horror que tal imundície tenha acontecido na Roma nos nossos tempos. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Comentários

  1. Infelizmente, ao contrário do que postei, os ídolos não foram destruídos, mas recuperados pela polícia romana. Lamentável.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Fora Alexandre de Moraes!

Recentemente, o bilionário Elon Musk, de quem eu ainda tenho sérias reservas, publicou no seu "X" que o Brasil precisaria escolher entre Alexandre de Moraes e a democracia. O Brasil da ditatoga está chamando a atenção do mundo e da pior maneira possível. Embora eu não nutra nenhuma simpatia pelas ditas democracias liberais, é verdade que esses badalados regimes defendem, ao menos em tese, uma ampla e equivocada liberdade de expressão (embora o tempo do  covidismo  tenha jogado isso por terra).  Sabe-se que o liberalismo, que dá vazão a todo tipo de egoísmo, é o germe do caos e, portanto, indefensável sob qualquer ângulo, e ele sempre acaba descambando ou na anarquia ou na tirania, que viria no final do ciclo tentar botar um pouco de ordem nas coisas. A liberdade de que precisamos não é a irrestrita, sem freios, do liberalismo, mas a liberdade segundo o conceito católico, balizada pelo bem e pela verdade, que procedem de Deus e antecedem ao homem. Fato é que sob o atu...

A crueldade sem limites de Alexandre de Moraes

Há pouco tempo atrás, eu vi um trecho de um filme, onde as cenas iniciais se davam dentro de uma prisão soviética, ou num desses países da antiga cortina de ferro. O protagonista, um cidadão comum, e pelo que lembro, preso por fraude contábil, reclamava com um outro prisioneiro, o porquê dele ter um tratamento muito pior do que o de assassinos na cadeia. A resposta que lhe deram era porque ele era como se fosse um "inimigo do povo" por não ser um adepto do processo revolucionário que deveria construir o paraíso na Terra, e por conta disso ele estaria no nível mais baixo da hierarquia, numa posição inferior a de criminosos perigosos. A mentalidade comunista que persegue opositores do regime, já chegou ao Brasil. Os réus do “08 de janeiro” e também Daniel Silveira já não possuem mais garantias constitucionais e nem mesmo têm os seus direitos humanos respeitados. São sub-humanos, inimigos do Estado Democrático de Direito. A lei comum não vale mais para eles. O último absurdo, e...

"Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram" (São Mateus, 2, 11b.)

Este pequeno mas importante versículo narra a primeira atitude que os Magos tiveram diante do menino Jesus, ao encontrá-lo em Belém, após uma exaustiva e duradoura viagem. Iluminados pelo Espírito Santo, viram mais que um simples menino, mas o Deus encarnado, o Deus menino. Uma vez que reconheceram Deus, o que fizeram? Se prostraram diante Dele. Deus merece a nossa adoração, e só Deus merece a nossa adoração, e como não somos apenas espírito, mas também temos um corpo, devemos adorar a Deus com todo o nosso ser, com nossa alma, e também com o nosso corpo.  O ajoelhar-se sempre foi na Igreja um gesto de adoração a Deus. Tanto é assim que na consagração, momento mais solene e importante da Santa Missa os fiéis se põem de joelhos diante do Deus que vem até nós nas espécies do pão e do vinho. Na antiga liturgia, o ajoelhar-se era ainda mais frequente, ocorrendo inclusive no início e no final da Santa Missa. No entanto, nos últimos tempos, o ajoelhar-se diante de Deus, tem incomodado al...