Pular para o conteúdo principal

Desculpas não bastam!

A notícia mais impactante da última semana foi o vazamento de mais de três mil páginas de e-mails de Anthony Fauci, o chefão da área de saúde nos Estados Unidos, que está há muitos anos no cargo, sobrevivendo a todas as alternâncias entre governos democratas e republicanos nesse período. Nesses e-mails foram encontradas conversas reveladoras que em nada diferem das opiniões comumente rotuladas como fake news pelas agências de checagem a serviço das Big Tech e dos grandes conglomerados midiáticos. Entre tantas coisas que apareceram e outras tantas que ainda virão à tona, convém destacar que Fauci recebeu e-mail sobre a possível eficácia da hidroxicloroquina, tem também e-mail com a sua opinião pessoal (no início de 2020) sobre a inutilidade de máscaras e principalmente e mais comprometedor: as menções a provável origem artificial (laboratorial) do vírus de Wuhan, e parece que ele não deu a devida atenção a este fato.

Diante disso, algumas perguntas se impõem. Como foi possível que o uso de máscaras tenha se tornado obrigatório, massivo e praticamente simultâneo até em lugares abertos em praticamente todo o mundo? De onde se tirou essa ideia? Como foi possível que a hidroxicloroquina que até outro dia era vendida praticamente sem restrições em qualquer farmácia, que era usada por idosos para o tratamento de doenças reumáticas, em períodos de meses ou até anos, ao ser prescrita de maneira “off label” numa dosagem semelhante (com dose dobrada apenas no primeiro dia) para o tratamento precoce de covid de apenas 5 dias, repito: apenas 5 dias, tenha se tornado da noite pro dia um remédio perigosíssimo? E ainda como mídia e governos não consideraram mais plausível que a ditadura chinesa tivesse criado um vírus na cidade (Wuhan), marco zero da “pandemia”, sede de um laboratório biológico? Como a historinha do marco zero num mercado de animais exóticos colou tão fácil e quem ousasse questionar essa versão quase fantasiosa, logo era visto com desconfiança e rotulado de teórico da conspiração?

A respostas para todas essas perguntas é que desde muito cedo, a Big Tech e a grande mídia, com raras exceções, fizeram a opção de poupar descaradamente a ditadura chinesa, demonizar a hidroxicloroquina e de elevar o uso de máscaras (inclusive a céu aberto) a um novo padrão moral, ou melhor dizendo, a um novo normal. No meio do caminho tiveram o cuidado de destruir reputações, calar a legítima discussão e lançar a pecha de teórico da conspiração a todos àqueles que não seguiam a narrativa oficial definida por eles.

A investigação jornalística e a capacidade crítica foram deixadas de lado e difundiu-se como verdade absoluta àquilo que era apenas uma opinião ideológica cristalizada. Para terem sucesso nessa empreitada, se cercaram muitas vezes de “especialistas” que selecionados a dedo tinham opiniões coincidentes com os próprios editoriais, ao mesmo tempo que praticamente silenciaram e ignoraram cientistas com opiniões divergentes. O debate foi gravemente adulterado, quando não ceifado na raiz. O grande público e o que é pior, muitos governos responsáveis pelas graves decisões que afetariam milhões, foram influenciados por essas manobras de desinformação. “Defender a ciência” se tornou um jargão boçal na boca de muitos que na verdade estavam apenas a defender certa “ciência” permitida pela Big Tech e grande mídia.

Muitos são da opinião que os tratamentos baratinhos com hidroxicloroquina e ivermectina poderiam ter salvado milhares, talvez milhões de vidas se não tivessem sido preteridos sem qualquer razão convincente.  Se além disso ficar provado que as máscaras obrigatórias nada mais são do que engenharia comportamental, se chegar a se descobrir que a transmissão assintomática seria uma balela inventada para dominar as consciências, e ainda, que o vírus veio mesmo do laboratório chinês, alguém em sã consciência acha que pedidinhos de desculpas de agências de “fact-cheking” e de Big Techs além de algumas notinhas de “Erramos” em editoriais de grandes jornais, serão suficientes? Claro que não. Pequenos blogueiros desconhecidos, que comentem erros de avaliação, muitas vezes involuntários, podem em algumas situações remediá-los com simples erratas, mas quem influencia milhões, às vezes, bilhões de pessoas precisa ter um nível de responsabilidade mais elevado e pagar por seus erros. Ter influenciado governos, e políticas de saúde equivocadas em todo o mundo que podem ter custado milhões de vidas não é nenhuma brincadeira. Tudo tem que ser passado a limpo tim-tim por tim-tim, e provando-se culpa ou mesmo dolo dos principais agentes informativos nesse processo, estes precisam ser punidos exemplarmente. A injustiça se alimenta da impunidade, e não queremos deixar esse legado para as futuras gerações.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fora Alexandre de Moraes!

Recentemente, o bilionário Elon Musk, de quem eu ainda tenho sérias reservas, publicou no seu "X" que o Brasil precisaria escolher entre Alexandre de Moraes e a democracia. O Brasil da ditatoga está chamando a atenção do mundo e da pior maneira possível. Embora eu não nutra nenhuma simpatia pelas ditas democracias liberais, é verdade que esses badalados regimes defendem, ao menos em tese, uma ampla e equivocada liberdade de expressão (embora o tempo do  covidismo  tenha jogado isso por terra).  Sabe-se que o liberalismo, que dá vazão a todo tipo de egoísmo, é o germe do caos e, portanto, indefensável sob qualquer ângulo, e ele sempre acaba descambando ou na anarquia ou na tirania, que viria no final do ciclo tentar botar um pouco de ordem nas coisas. A liberdade de que precisamos não é a irrestrita, sem freios, do liberalismo, mas a liberdade segundo o conceito católico, balizada pelo bem e pela verdade, que procedem de Deus e antecedem ao homem. Fato é que sob o atu...

A crueldade sem limites de Alexandre de Moraes

Há pouco tempo atrás, eu vi um trecho de um filme, onde as cenas iniciais se davam dentro de uma prisão soviética, ou num desses países da antiga cortina de ferro. O protagonista, um cidadão comum, e pelo que lembro, preso por fraude contábil, reclamava com um outro prisioneiro, o porquê dele ter um tratamento muito pior do que o de assassinos na cadeia. A resposta que lhe deram era porque ele era como se fosse um "inimigo do povo" por não ser um adepto do processo revolucionário que deveria construir o paraíso na Terra, e por conta disso ele estaria no nível mais baixo da hierarquia, numa posição inferior a de criminosos perigosos. A mentalidade comunista que persegue opositores do regime, já chegou ao Brasil. Os réus do “08 de janeiro” e também Daniel Silveira já não possuem mais garantias constitucionais e nem mesmo têm os seus direitos humanos respeitados. São sub-humanos, inimigos do Estado Democrático de Direito. A lei comum não vale mais para eles. O último absurdo, e...

"Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram" (São Mateus, 2, 11b.)

Este pequeno mas importante versículo narra a primeira atitude que os Magos tiveram diante do menino Jesus, ao encontrá-lo em Belém, após uma exaustiva e duradoura viagem. Iluminados pelo Espírito Santo, viram mais que um simples menino, mas o Deus encarnado, o Deus menino. Uma vez que reconheceram Deus, o que fizeram? Se prostraram diante Dele. Deus merece a nossa adoração, e só Deus merece a nossa adoração, e como não somos apenas espírito, mas também temos um corpo, devemos adorar a Deus com todo o nosso ser, com nossa alma, e também com o nosso corpo.  O ajoelhar-se sempre foi na Igreja um gesto de adoração a Deus. Tanto é assim que na consagração, momento mais solene e importante da Santa Missa os fiéis se põem de joelhos diante do Deus que vem até nós nas espécies do pão e do vinho. Na antiga liturgia, o ajoelhar-se era ainda mais frequente, ocorrendo inclusive no início e no final da Santa Missa. No entanto, nos últimos tempos, o ajoelhar-se diante de Deus, tem incomodado al...