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Um vírus ideologizado

A notícia que o presidente Jair Bolsonaro está com coronavírus serviu para revelar de um vez por todas aquilo que todo mundo sabia ou ao menos desconfiava: o covid é o primeiro vírus da história com torcida organizada. Foi um festival de sandices e coisas bizarras, desde a médica, vou repetir, médica que manifestou torcida pela doença em redes sociais até o jornalista da Folha de São Paulo torcendo publicamente pela morte de um presidente da república em um abjeto artigo.

Tudo isso revela de maneira inequívoca como o combate a doença foi partidarizado e ideologizado no país. Ao contrário do que muitos sugerem, essa partidarização não partiu de Bolsonaro ou de seus apoiadores, mas sim de muitos dos seus adversários, que aparentemente tomados por um preconceito estúpido, elegeram a hidroxicloroquina, um remédio seguro, barato e conhecido, o bode expiatório da vez, e a chance de isso ter tido a ver com o fato do Capitão e o Trump terem sido seus principais divulgadores não pode de forma alguma ser ignorada.

Para esses, não importa o retumbante sucesso da droga em vários países onde ela foi empregada no tratamento precoce, o importante é se apegar a estudos furados e já desmascarados como o criminoso experimento de Manaus e o artigo da Lancet retratado por três de seus quatros autores. Foram estudos porcos e fraudulentos mas que ainda encontram ressonância em grande parte da classe médica, que ao mesmo tempo finge não ver os excelentes resultados dessa droga quando usada no tratamento precoce. São inúmeros os testemunhos de médicos, pesquisadores e virologistas que atestam a eficácia do tratamento precoce da hidroxicloroquina + azitromicina, bastam 5 minutos de pesquisa na internet para encontrá-los, mas muitos preferem ficar com seu preconceito cristalizado em vez de arejar um pouco a mente. É simplesmente inacreditável!

Para completar, hoje ao ouvir um áudio de um médico da minha cidade natal afirmando que ele e praticamente todos os outros médicos do hospital onde trabalha não receitam cloroquina para os seus pacientes (independente do pedido destes) porque, segundo eles, esta não possui evidencias científicas no tratamento de Covid, fiquei a pensar o que seriam as tais evidências científicas para esses doutores. Os resultados positivos apresentados pelo renomado infectologista Francês Didier Raoult, de Marselha, no tratamento de mais de 3.000 pacientes não servem? O testemunho da médica brasileira que aplicou um protocolo de sucesso na Espanha e que resultou numa grande queda de mortalidade naquele país também não? E a redução da ocupação das UTIs da PreventSenior após a adoção do protocolo precoce também não serve? Será que as evidências científicas só serão aceitas por alguns médicos se vier chancelada por um artigo positivo no Jornal Nacional ou na CNN? Ou quem sabe a aprovação da famigerada OMS que não tem a confiança de mais ninguém? Difícil dizer. A impressão que fiquei ao ouvir o referido áudio foi que o referido médico se pautou nesse caso específico mais por suas preferências ideológicas, ou quem sabe tenha sido vítima de grave desinformação, do que verdadeiramente pela ciência que julga tanto defender, o que é de se lamentar quando vidas humanas estão em jogo. É bom sabermos que médicos são seres humanos e como quaisquer outros estão sujeitos a influências das mais variadas correntes filosóficas, e ideológicas , não são seres neutros. O ruim é quando essas preferências se sobrepões aos fatos e passam a condicionar as decisões que deveriam realmente se ater a evidências científicas. Lembrando que há uma diferença muito grande entre evidência científica e comprovação científica. Embora não se tenha ainda um estudo com grande robustez que comprove 100% a eficácia da cloroquina no combate ao covid, existem sim, milhares de evidências, mundo afora que respaldam o seu uso sobretudo no tratamento precoce. Negar isso é negar a realidade. E além disso, por ser uma velha conhecida, um remédio seguro (com algumas pequenas exceções) e largamente usado, é óbvio que todo o terror que se impôs a sua utilização nada tem de científico.
Eu que tanto já tanto critiquei prefeitos e governadores por suas posturas insensíveis diante do sofrimento do povo, fiquei constrangido ao ver que um médico que jurou salvar vidas teve conduta até mais fria e despudorada do que alguns destes políticos E o pior de tudo é que ele não é o único a agir assim. Muito triste e lamentável esta situação.
Enquanto isso muitos que estão morrendo poderiam ter melhor sorte.
Luciano Perim Almeida

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