Vivemos
um tempo especial na história do mundo e da Igreja. Pela primeira vez na
história temos a coexistência de dois homens que ostentam o nome de Papa,
embora apenas um deles exerça de fato este ofício, pois o outro já renunciou ao seu ministério. Nas outras e raríssimas vezes que um Papa
livremente renunciou, ele deixou de usar o nome papal e se afastou de Roma.
Bento XVI quis ficar “pertinho” do Vaticano, usando branco, dando benção apostólica,
e manteve o seu nome papal. Sem dúvida algo muito diferente.
Ao
renunciar Bento prometeu lealdade ao novo pontífice e também silêncio. Não
queria ser uma sombra para o novo Papa, sobretudo por conta da sua envergadura
intelectual e grande contribuição teológica. Bento XVI é o maior teólogo vivo e
talvez um dos maiores da história da Igreja.
Assim
como a renúncia de Bento foi um evento histórico, o rompimento de seu silêncio
foi também um evento muito significativo. (https://blogdoperim.blogspot.com/2020/01/rompendo-o-silencio-para-o-bem-da-igreja.html)
O que levou este homem de 92 anos de idade a gritar tão alto à Igreja e
porque nessa hora?
A
resposta não é simples, mas no novo livro do Cardeal
Sarah, o recém-lançado “Das profundezas dos nossos corações” contém alguns trechos escritos pelo Papa emérito que são vigorosas reações às proposições
heterodoxas do Sínodo da Amazônia.
A
verdade é que Deus não se contradiz e dogma não evolui. Todo católico deveria
saber muito bem disso. Além disso, qualquer novo documento pontifício deve ser
lido em continuidade com a rica e perene Tradição da Igreja, sem rupturas. O
Papa é um servo de Cristo, não pode fazer o quer, mas está limitado pelas
balizas da Tradição, das Sagradas Escrituras e ao próprio Magistério que o
precedeu. Caso hipoteticamente algum documento pontifício indicasse uma direção
contrária àquela que a Igreja sempre ensinou em matéria de Fé ou Moral, é óbvio
que tal documento não obrigaria os fiéis a obediência, logo não seria
vinculativo.
Rezemos
irmãos para que o Papa Francisco não ceda às pressões dos demolidores da
Igreja, há muito tempo nela infiltrados, mas que se deixe corajosamente e
verdadeiramente guiar pelo Espírito Santo, resistindo aos absurdos contidos no
Relatório Final do Sínodo da Amazônia, e que possa produzir um documento
genuinamente católico, para o bem da Igreja e salvação das almas.
Confiemos
à Virgem de Fátima, através de muitos terços esta importante e urgente intenção.
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