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A vitória da malandragem?

Curto demais Copa do Mundo. Sempre foi mais do que apenas futebol, sempre teve um “quê” a mais, uma sensação gostosa de patriotismo, competição sadia, e encontro de povos. Desde criança aprendi a apreciar esse evento que mexe com a emoção de milhões em todo o mundo.

A Copa da Rússia vinha excelente. Equipes equilibradas, futebol bem jogado e principalmente o recurso do VAR que até então vinha cumprindo bem o seu papel de auxiliar a arbitragem, dirimindo dúvidas e inibindo simulações, mas...

Faltava o último capítulo, o dia tão esperado por mais de um bilhão de espectadores em todo mundo. Tinha tudo para fechar com chave de ouro. A favorita França com seu excelente time com jogadores incríveis como Pogba, Mbappé, Kanté e Griezmann e a surpreendente Croácia dos ótimos Modric, Rakitic e Perisic ..., todos os ingredientes para uma inesquecível final estavam ali. A Croácia até os 20 min. do primeiro tempo vinha botando os favoritos na roda, dominavam o jogo com facilidade e a França não ameaçava, não tinha posse de bola, não levava qualquer perigo ao gol de Subasic. Se continuasse assim, a Croácia poderia fazer um gol, ou ao menos chegar inteiraça no segundo tempo, já que o controle do jogo poupava os seus jogadores que teoricamente sentiriam mais o cansaço devido as três prorrogações sucessivas nos jogos anteriores.

Eis que numa das raríssimas subidas ao ataque da França, Griezmann, pelos ângulos que vi até agora, me pareceu ter cavado uma falta na direita do ataque francês e na sequência, num lance de rara infelicidade, Mandzukic fez contra. A Croácia não merecia, mas futebol é assim mesmo. Pela quarta vez seguida a Croácia levou um a zero numa partida eliminatória para logo depois correr atrás e conseguir empatar com um belo chute de Perisic.

Pouco se comentou sobre a provável malandragem do francesinho. A Fifa que vive pregando o “Fair Play”, o jogo limpo, pelos quatro cantos do mundo, não viu qualquer contradição em dar a ele a premiação de melhor jogador da partida. A simulação no futebol, infelizmente, muitas vezes é vista como algo natural, mas não é. É uma forma corrompida de agir, que prejudica aqueles que procuram jogar de forma honrada. Na minha opinião, pelo que eu vi e revi, foi uma vantagem injusta. Mas de uma coisa eu sei, a Croácia com a sua garra, coragem e entrega sem igual, já é a minha campeã, a minha campeã moral. É melhor perder com honra do que ganhar sem ela.

Obs: Comentarei de leve o pênalti estranho que deu o dois a um pra França e definiu o jogo. Caberia outro pequeno artigo. Digo apenas que era praticamente impossível ao croata não botar a mão na bola devido a velocidade do lance e a pouca distância entre ele e o francês. A perguntinha que não quer calar: e se fosse do outro lado, o VAR (que não foi acionado na falta duvidosa que originou o primeiro gol francês) marcaria o pênalti?


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